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13 fevereiro 2016

Enquanto isso, na Suécia

Enquanto no Brasil a taxa básica de juros chegou aos estratosféricos 14,25% ao ano, o Banco Central da Suécia (Riksbank), que já havia declarado a taxa básica de juros no país em -0,35% ao ano, ontem apertou mais a rosca e tascou -0,5% a.a. Isso mesmo: a Suécia agora tem taxa básica de juros de meio por cento negativos ao ano.

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Isso não quer dizer que o cidadão sueco vá pedir uns trocados emprestados e em um ano devolver o valor com meio por cento a menos: a taxa é para os bancos, para força-los a oferecer dinheiro a juros positivos de 0,7% ao ano, do que serem obrigados a recolherem o excedente dos depósitos ao Riksbank, ou comprarem títulos do governo, pois, aí, quando forem resgatar, incidirá o juro negativo de 0,5%.
No caso de compra de títulos públicos, os juros negativos são universais, ou seja, se um cidadão tem dinheiro na poupança, que lá é um título público, o juro será -0,5% ao ano: uma forma de incentivar a migração do mercado financeiro público para as ações ou investimentos privados, já que o país está com o caixa alto e não precisa pagar juros para se autofinanciar.
A medida visa estimular a economia, pois diante da crise mundial, o cidadão sueco, extremamente conservador, está na retranca: não gasta e poupa mais do que 50% do que ganha, o que faz o país ter a expectativa de uma deflação, afetando o valor de face da coroa sueca, apreciando-a, o que o Banco Central não acha salutar para a economia local.
Ou seja, enquanto por aqui reclamamos da depreciação do real, lá eles reclamam da apreciação da coroa; enquanto aqui reclamamos da inflação, lá eles querem uma “inflaçãozinha”.
Pois é. Enquanto uma metade do mundo passa fome, a outra metade faz dieta de emagrecimento.

Fonte: Blog do Parsifal

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