horas e minutos. Olá, seja bem-vind@! .

24 abril 2016

Governador vai mudar titular da Segurança: há dois nomes fortes

BALESTRERI É O FAVORITO DAS POLÍCIAS ESTADUAIS
João Ricardo Correia
Natal/RN - São muitos os comentários, virtuais ou presenciais, sobre quem substituirá a delegada de Polícia Civil Kalina Leite no comando da Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social do RN (Sesed). Os dois nomes mais citados são do general de Exército Jorge Ernesto Pinto Fraxe e do ex-secretário nacional da Segurança Pública, Ricardo Brisolla Balestreri.
O general Fraxe, já na reserva, é o diretor do Departamento de Estradas e Rodagens do RN e antes era o chefe do DNIT, em Brasília.
RICARDOBALESTRERI1
Ricardo Balestreri: especialista em segurança, palestra sobre cidadania e direitos humanos
Ricardo Balestreri é gaúcho, licenciado em História, com especialização em psicopedagogia clínica e em terapia familiar. Formatou o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). Nos últimos anos, o secretário conheceu experiências educativas e policiais na Holanda, nos Estados Unidos, Portugal, Noruega, Inglaterra, Suécia, Costa Rica, Peru e Colômbia. Ex-presidente da seção brasileira da Anistia Internacional, tem tem diversos livros sobre polícia e direitos humanos.
O nome do general Fraxe tem sido “trabalhado” nos bastidores e, segundos fontes deste jornalista, é “bem visto” pelo governador Robinson Faria, que estaria esperando um auxiliar na Sesed que cobrasse mais resultados que os obtidos até agora por Kalina Leite. Embora cordial, Fraxe é conhecido por ser “linha dura”, que gosta de transformar seus locais de trabalho, mesmo longe da doutrina militar, em ambientes repletos de regras e ordens. Será que semelhante ao general José Carlos Leite Filho, também da reserva, que comandou a Sesed nos anos 90 e mandou instalar até uma lâmpada vermelha acima da porta do seu gabinete? Quando a lâmpada estivesse acesa, nem ligação telefônica era para ser transferida.
GENERALFRAXE1
General Fraxe: comandou DNIT, está no DER e pode ser nomeaado para a Sesed
Balestreri é uma espécie de “queridinho” por muitos policiais civis e militares. Teórico, simpático, experiente, é palestrante de primeira linha e gosta muito de falar em cidadania e direitos humanos. Nas redes sociais, “texto-padrão” tem sido divulgado pelos seus simpatizantes, defendendo a sua nomeação.
Quem conhece minimamente as entranhas da Sesed, Polícia Militar e Polícia Civil, sem nem precisar incluir o Corpo de Bombeiros, sabe muito bem que general nenhum será bem aceito como secretário. Claro, na frente do sujeito, do governador, todos o aplaudirão, como também é natural que surgirão babões para o “empijamado”, mas o boicote é velado.
Coronéis da PM não se sentem à vontade recebendo ordens de general, muito menos de um general reservista. Existe uma espécie de “complexo”, porque a PM é uma “força-auxiliar” do Exército. Evidentemente, nenhum PM vai declarar isso oficialmente, mas nas conversas informais dizem isso, sem cerimônia.
Pela vontade dos coronéis PM, o secretário seria um deles. Em contrapartida, a Polícia Civil sempre defendeu que o comando da Sesed fosse entregue a um delegado da instituição. O governador Robinson Faria bem que tentou, com Kalina Leite, mas os resultados não o agradaram, tanto que procura um substituto para a delegada, uma das suas auxiliares de “primeira hora”.
Mas também tem uma situação: a Polícia Civil do RN sempre foi “rachada” entre as turmas da “Paraíba”, de “Pernambuco” e do próprio Rio Grande do Norte. Sim, caro leitor, existe isso há anos. Qualquer servidor antigo da instituição sabe do que estou falando. Delegados de estados diferentes também querem “puxar a sardinha para os seus lados”. É difícil…
Tem mais: PM e Polícia Civil não se batem. É fato. Os bastidores contam muito bem as diferenças.
E numa situação caótica como estamos, com a bandidagem vitimando centenas de potiguares e visitantes da nossa terra diariamente, será que Ricardo Balestreri teria condições de colocar todas as suas teorias na prática, num curto espaço de tempo? Ou ficaríamos, como estamos há tempos, vendo planejamentos, apresentações de programas que não dão resultados, palestras, blablablá, blablablá, fotinha no Instagram, no Facebook?
O general Fraxe teria competência para montar seu “Exército”, com policiais civis e militares, para garantir, de verdade, a segurança do povo do Rio Grande do Norte? Teria?
Mas, como o governador Robinson Faria disse, durante a campanha eleitoral em 2014, que passou 20 anos estudando para assumir o cargo e recentemente, cercado de auxiliares, visitou a Colômbia e deve ter visto como funciona a segurança daquele país, vamos ver se agora ele acerta.
Se não acertar, sem querer ser pessimista e vivenciando o quadro de insegurança em que estamos, é nos prepararmos para o pior.
Por mais que os policiais do RN, em sua absoluta maioria, trabalhem seriamente, prendam bandidos diariamente, apreendam armas, evitem crimes, está muito claro – sem ser apenas sensação – que os criminosos continuam na vantagem.
Fonte: Companhia da Notícia

Um comentário:

  1. Que Deus dê sabedoria ao governador, mostrando o caminho da cidadania na segurança pública do RN.

    ResponderExcluir